Ter uma boa gestão financeira é fundamental para qualquer empresa, no entanto, muitas vezes não é tão levada a sério quanto deveria e isto acaba causando muito prejuízo.
Pensa comigo, o principal objetivo de toda e qualquer empresa é lucrar, certo? Para isto, é definidas uma taxa de lucro para o produto ou serviço, para que no final seja obtido o lucro esperado e possa-se investir na empresa para conseguir mais lucro. No entanto, o empresário chega no final esperando ver todo o seu lucro na conta bancária da empresa e então ele se depara com um saldo negativo. Para onde foi parar o seu lucro? Com o que ele gastou de mais naquele mês? Por que ele estava vendendo muito mas não estava conseguindo ter o lucro que esperava no fim do mês?
Você já viveu uma situação semelhante com a citada acima? Então pode ir preparando a caneta e o papel que agora eu vou te dar 4 dicas para você nunca mais viver uma situação parecida:
1- Classifique suas receitas e despesas!
Já pensou você ter um mapa do tesouro e não saber decifrar os códigos dele? É exatamente isso que um Plano de Contas faz, ele decifra todos aqueles números que entram e saem da sua empresa e te da a direção para quais são os seus gastos e as suas receitas. Um plano de contas deve conter:
- Custos fixos: são os custos relacionados à estrutura da sua empresa, independente de você vender muito ou vender pouco, eles continuarão presentes, sofrendo pequenas variações. Exemplos: Contas de água e luz, aluguel, etc.
- Custos variáveis: ao contrário dos custos fixos, o custos variáveis são totalmente dependentes da venda, ou seja, se você vender mais ou menos, eles irão variar proporcionalmente. Exemplos: impostos, matéria prima, etc.
- Entradas: é o dinheiro recebido através das vendas da empresa. No entanto, deve ser contabilizado aqui apenas o dinheiro que entrou efetivamente no caixa da empresa, que não é, necessariamente, o quanto você vendeu no mês.
- Investimentos: são os custos dos quais espera-se um retorno. Exemplos: compra de uma nova máquina, campanha de marketing, etc.
- Entradas/saídas não operacionais: são as entradas e saídas de dinheiro que não estão relacionadas com a atividade da empresa. Exemplos: empréstimos, pagamento de juros, etc.
2- O que não é contabilizado, não existe!
Você certamente já deve ter escutado aquela famosa frase do grande mestre em gestão da qualidade, William Edwards Deming, “O que não é medido não é gerenciado”. Esta frase se aplica a tudo, inclusive à parte financeira da sua empresa.
Você já parou para contabilizar todo o dinheiro que entra e sai da sua empresa todos os dias? Independente do tamanho da sua empresa, é bastante dinheiro e todo o dinheiro, inclusive os centavos, devem estar devidamente documentados em algum lugar. Existem formas manuais, como livro caixa, que são simples e podem gerar confusão, existem planilhas prontas no Excel, que, apesar de limitadas, podem ajudar bastante neste processo, e existem ainda softwares pagos de gestão financeira, que são bastante automatizados mas devem ser bem utilizados para compensar o gasto extra.
Independente do meio utilizado, estas informações devem ser contabilizadas de forma extremamente precisa. Uma dica, é separar 15 minutos após o expediente para compilar todos estes dados em uma planilha financeira do Excel. Claro que se você acumular para o final do mês, estes 15 minutos se transformam em algumas horas.
3- Enxergue o que ainda não aconteceu
“Mas como assim? Eu não sou um vidente.” Fique tranquilo que você não precisa prever o futuro para ser um bom gestor financeiro. No entanto, você deve observar todas as entradas e saídas que estão para acontecer. Estão são as contas a pagar e a receber.
É preciso que você tenha, devidamente documentadas, todas as contas a pagar assim como todas as contas a pagar para não haver “surpresas” no final do mês. Além disto, elas devem estar muito bem identificadas quanto ao seu tipo e qual é o vencimento dela, pois multas não são nada boas para o seu caixa.
Mas já pensou você ter vendido 5 milhões em um ano, no entanto, no fim você só recebe 1 milhão? Isto pode acontecer caso você não gerencie suas contas a receber também, pois a inadimplência é um dos maiores inimigos das empresas.
4- Analise os seus custos
Bom, até agora você já tem vários números, devidamente organizados em categorias. Mas de que adianta ter todo esse banco de dados se você não os analisa?
Para isto, é necessário você pré-estabelecer alguns indicadores financeiros que façam sentido para a sua empresa. No entanto, existem alguns que são de imensa importância para qualquer empresa mensurar e analisar, são eles:
- Margem de contribuição: a quantia de dinheiro que sobra da receita obtida com as vendas dos produtos e serviços para pagar os custos fixos;
- Ponto de equilíbrio: é o valor que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas;
- Lucratividade: é o quanto se ganhou ou se pretende ganhar com a venda de determinados produtos;
- Geração de caixa: é o valor líquido do caixa e equivalentes de caixa que se deslocam e saem de um negócio.
Seguindo estas dicas à risca, tenho certeza que você não terá “surpresas” ao ver o saldo bancário da sua empresa no final do mês.
Ficou com alguma dúvida ou precisa de ajuda com a gestão financeira da sua empresa? Entre em contato conosco!