Sumário:

• O que é análise de viabilidade financeira?
• Como aplicar?
• Definição de prazo de retorno
• Plano de negócios curto, médio e longo prazo
• Análise de demanda de mercado
• Verificar viabilidade financeira
• No que eu preciso ficar de olho?
• Exemplo de case

O que é análise de viabilidade financeira?

A análise de viabilidade financeira é um estudo para analisar a aplicabilidade de um investimento através de um cálculo sobre as despesas e lucros deste investimento e entender se ele é viável ou não. Sendo assim, ele deve ser aplicado antes de colocar o projeto em prática para trazer segurança ao negócio e evitar possíveis erros.

Esse cálculo é feito para saber onde aplicar o dinheiro e focar esforços, já que analisa o tempo e dinheiro gasto naquele investimento mostrando dados sobre o provável retorno financeiro que irá gerar. 

Essa análise se torna muito importante para que o empreendedor evite grandes prejuízos ao investir em algo que não irá dar certo. Além disso, permite a ele fazer escolhas se tiver que escolher entre dois ou mais projetos.

As situações mais ordinárias que são aplicados neste estudo são: expansão de negócios, lançamento de um novo produto/serviço, abertura de uma filial, novas ações estratégicas, entre vários outros.

Antes de tudo para aplicar uma boa análise, é preciso ter um bom controle de fluxo de caixa, ou pelo menos previamente bem estruturado. Quer aprender de maneira bem simples como fazer isso? Acesse nosso conteúdo de que ensina Como Controlar Fluxo de Caixa de maneira bem simples, com uma planilha gratuita!

Como aplicar?

DEFINIÇÃO DE PRAZO DE RETORNO

Ao realizar um estudo de viabilidade econômico-financeira, o indivíduo precisa estipular um prazo de retorno para o capital investido no negócio. Tal atividade, busca evidenciar a praticabilidade de implantação da ideia e também facilitar a definição de quais caminhos devem ser seguidos para alcançar os objetivos financeiros almejados. 

Atualmente existem diversas ferramentas que auxiliam nesse estuda, dentre elas, uma que vem se destacando nos últimos tempos, é a de “Prazo de Retorno do Investimento (PRI)”, essa metodologia visa mostrar o tempo necessário para que o empreendedor recupere tudo o que investiu. 

O PRI é constituído sob forma de unidade de tempo e consiste numa modalidade de cálculo inversa à da rentabilidade. 

Por exemplo, se uma organização tem um PRI de 3 anos isso significa que levará 3 anos após o início das atividades, para que o empresário recupere, na forma de lucro, todo o valor aplicado no empreendimento.

Para calcular o PRI é preciso utilizar como base, o valor do capital aplicado. 

Vejamos como calcular esses dados, através da fórmula do PRI: 

PRI = Investimento Total / Lucro Líquido ou o Líquido projetado. 

Supondo que o valor do capital aplicado seja R$ 45.000,00 e o lucro líquido no período de 12 meses seja R$ 15.000,00, teremos: 

PRI = (45000/15000) = 3 Anos 

PLANO DE NEGÓCIOS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO

Assim como nos livros, novelas e filmes, ao realizar um plano de negócios o empresário precisa definir o início, o meio e nesse caso não o fim, mas sim o ponto onde a empresa venha a ser considerada uma consolidada. 

Nesses casos, é extremamente importante analisar os horizontes de tempo, e quais objetivos para cada um deles. Dentro do ambiente de negócios, esses horizontes geralmente são divididos em: curto, médio e longo prazo. 

Mas o que especificamente é definido em cada um dos horizontes?

Curto prazo: Esse tipo de perspectiva busca estabelecer quais as tarefas a empresa deve buscar alcançar dentro de um horizonte de tempo de no máximo 2 anos, nessa área geralmente são elencados anseios como: captação de clientes, entrada de recursos financeiros que alcancem as metas iniciais e geração de capital para que a empresa consiga manter-se. 

Médio Prazo: Esse tipo de visão no negócio tem um papel fundamental, pois é ele que irá fazer a ponte entre os horizontes de curto prazo e de longo prazo. Nesse ponto, as empresas costumam trabalhar com prazos entre 2 a 5 anos, as principais tarefas aqui, são: Melhorias nos processos produtivos/logísticos, programas de fidelização dos clientes da empresa, geração de caixa visando expansão do negócio. 

Longo Prazo: Tem uma perspectiva futura de como a empresa pode estar, são consideradas metas e objetivos mais arrojados, pois geralmente ocorrem após a consolidação da organização. Costumam iniciar em períodos acima de 5 anos e não possuem um teto de duração, alguns do objetivos propostos podem ser: Buscar uma base área de instalação maior para a empresa, expansão da organização através da abertura de filiais, maior retorno aos investidores/sócios por meio de distribuição dos lucros. 

ANÁLISE DE DEMANDA DO MERCADO

Este estudo visa identificar e entender o comportamento dos consumidores, analisando se existe demanda para o determinado ramo em que a empresa pretende atuar. Esta análise faz-se necessária pois através dela o empreendedor terá maior conhecimento do tipo de estoque e presteza necessárias para suprir as demandas do mercado. 

São estes tipos de informações que auxiliam na hora de prever a alocação de capital da empresa, pois levam em consideração diversos investimentos como: preços dos produtos/serviços, porcentagem para reservas de contingência, entre outros fatores.

VERIFICAR VIABILIDADE FINANCEIRA 

Por fim, após a construção de todos os requisitos necessários, chegou a hora de realizar a verificação da viabilidade financeira do projeto. 

O motivo principal para utilizar esse método é a diminuição de riscos, evitando que o indivíduo empregue forças em um projeto em que o lucro retornado seja inferior aos gastos, ou que o empreendimento não atinja os objetivos vislumbrados. 

As principais dicas na hora de realizar esta avaliação são: Elencar quais serão os custos fixos, custos variáveis para a realização das atividades, e quais serão os tipos e porcentagens de impostos que a empresa precisa pagar para manter suas operações. 

No que eu preciso ficar de olho? 

Além de realizar todos os passos anteriormente citados, aqui vai mais algumas dicas do que fazer durante esse processo e no que o empreendedor precisa ficar atento:

1 – Sempre atualize sua planilha de viabilidade financeira. Não precisa ser todo dia, mas mantê-la atualizada com as variações do mercado e valores, se torna muito necessário para não cometer nenhum deslize durante seu investimento.

2 – Fica ligado nos impostos que a empresa irá gastar, se o investidor ainda não sabe a quantidade que terá de gastar com isso, analise junto com um contador.

3 – Não deixe nada de fora na hora de calcular seus custos, o mínimo pode fazer uma grande diferença lá no final.

4 –  Ser realista: leve em consideração outros cenários além do otimista em que tudo irá dar certo, assim é possível prever quando será o payback do negócio.

Veja algumas dicas de como abrir um negócio nesse conteúdo sobre 3 dicas para abrir um negócio!

Exemplo de case

Luiz é um empreendedor de 40 anos, dono de um negócio que herdou do pai. Ele possui um restaurante que hoje faz muito sucesso na sua cidade, sucesso que se dá pelas reformas que realizou e pelas atrações que Luiz, quando herdou a empresa, resolveu trazer todos os finais de semana. Dessa forma, além de manter seus clientes ao oferecer um ambiente ainda mais agradável, conseguiu atrair um público mais jovem durante os finais de semana. Com tamanho desempenho de seu negócio, Luiz está pensando em expandir ainda mais ao abrir uma filial na cidade vizinha. Mas, para saber se esse investimento realmente vale a pena ser feito nesse momento, ele foi atrás da ITEPJr para realizar um estudo de viabilidade econômica e financeira.

Na cidade que Luiz deseja abrir seu outro restaurante tem um total de 150 mil pessoas. Ele pretende ter o estabelecimento bem no centro da cidade, de forma que fique perto do comércio e as pessoas consigam ir com facilidade e rapidez realizar seu almoço. Desse total de habitantes, apenas 15% ou 22,5 mil pessoas não almoçam em casa durante os dias “úteis” da semana.  

Pensando que, em um período de tempo de um mês, é esperado que o restaurante atenda 20% dessas pessoas que almoçam fora de casa, serão 4,5 mil clientes frequentando e consumindo no mês.

Para saber quanto irá entrar em caixa, é calculado uma média do que cada cliente gasta (ticket médio) em relação aos valores dos pratos já que é servido buffet por kilo. Pensando que a média é de 30 reais por prato e o restaurante irá receber 4,5 mil clientes no mês, no total, terá uma entrada de 135 mil reais no caixa ao final do mês

Se os 135 mil reais corresponderem ao faturamento máximo, então o próximo passo será avaliar em quanto tempo o restaurante vai conseguir atingir o ganho dessa quantia de dinheiro e se ele consegue cobrir seus gastos durante esse período. Assim, saberá se a abertura do novo restaurante nessa cidade vai compensar o investimento.

E aí? O seu próximo investimento vale a pena mesmo?

Quer aprender mais sobre sua concorrência? Aprenda tudo sobre ela nesse conteúdo de Análise de Concorrentes e veja quais os próximos passos para não ficar pra trás!

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